A importância da eficiência energética e da diminuição da intensidade energética

7 Ago 2025

Um dos pilares chave para a redução de emissões ambientais é a redução de consumo energético.

Na COP 28, nos Emiratos Árabes Unidos – EAU, foram definidas duas metas ambiciosas para 2030, de importância vital para se atingirem os acordos de Paris:

  • Triplicar a capacidade produtiva das energias renováveis, ou aumentar em 11.000 GW
  • Duplicar o aumento da eficiência energética anual de 2% para 4%.

À medida que os equipamentos se tornam tecnologicamente mais eficientes, a redução do consumo energético é a consequência esperada. No entanto, é também conhecido o paradoxo de Jevons, que nos diz que apesar de uma crescente eficiência dos equipamentos elétricos, a tendência mantém-se de aumento de consumo de eletricidade, dado o aparecimento de novas formas de utilização de energia. É precisamente este o fenómeno que tem acontecido, sendo a economia cada vez mais intensiva no que toca ao consumo de eletricidade.

Os dados publicados do Global Energy Review 2025 da Agência Internacional de Energia não são animadores. Enquanto os objetivos no que toca ao aumento da capacidade instalada de energia renovável até 2030 parecem estar em vias de ser alcançados, o aumento da eficiência energética não está a duplicar e está mesmo a diminuir, pondo em causa os objetivos energéticos do Acordo dos EAU, e sobretudo do Acordo de Paris. É preciso fazer mais, sobretudo em envolventes cada vez mais complexas, como é o caso dos fenómenos climáticos extremos, e do seu impacto no consumo de energia.

 

O que podemos fazer?

A eficiência energética é um dos pilares mais relevantes em toda a problemática no que toca à redução do consumo de energia. Em larga medida, os maiores esforços e investimentos têm sido feitos no lado da oferta, procurando assegurar a substituição de energias fósseis por energias renováveis. A gestão da procura, nomeadamente a diminuição da intensidade energética, ou uma diminuição efetiva de consumo, tem ficado para segundo plano.

A eficiência energética pode ser conseguida de duas formas:

  • Eficiência tecnológica – a substituição de equipamentos de elevado consumo de energia por equipamentos de baixo consumo, como por exemplo a substituição de luminárias por lâmpadas LED, a substituição de janelas de correr por janelas de vidro duplo, entre outros.
  • Eficiência comportamental – a adoção de padrões responsáveis de comportamento, com vista à poupança energética, como por exemplo desligar equipamentos em standby, ajustar a climatização de forma eficiente ou evitar o uso desnecessário de iluminação.

A eficiência energética é inclusive denominada de first-fuel (primeiro combustível), na medida em que deveria ser sempre o primeiro ponto a ser abordado em qualquer objetivo de redução energética.

Portugal tem beneficiado de programas europeus que promovem a eficiência energética, nomeadamente através do Fundo Ambiental, PRR e POSEUR. Estes programas focam-se, sobretudo, na substituição de equipamentos, ou seja, na eficiência tecnológica.

Já a eficiência comportamental tem recebido menos atenção, tanto pelas dificuldades em medir o seu impacto direto, como pela natureza difusa das mudanças de comportamento necessárias.

 

Como conseguir aumentar a eficiência comportamental?

Por forma a tornar os utilizadores de energia em utilizadores racionais de energia são necessários alguns passos. É um processo simples, mas que por requerer mudança de hábitos, bastante difícil de implementar. Vamos tentar mudar isso.

1º passo – Perceber o ABC da Energia. O que consome energia? Onde estão os maiores desperdícios.

2º passo – Medir quanto se gasta, em quê e a que horas?

3º passo – Conhecer as medidas possíveis de poupança. Colocá-las em prática.

4º passo – Medir o impacto da adoção das medidas.

5º passo – Partilhar o impacto com a comunidade. Aprender o que correu bem e o que correu mal. Repetir os passos 2 a 4.

 

Quanto se consegue poupar?

Os dados mostram-nos que as poupanças energéticas começam nos 5% e podem chegar aos 20% de poupança. Tudo com mudanças comportamentais, muitas vezes apenas com o dispêndio de algumas dezenas de euros.

Do que está à espera?

👉 Fale connosco

Vamos falar sobre

o seu projeto

Política de Privacidade

1 + 4 =